Reforma Tributária: entre a promessa de simplificação e o medo da mudança
12 de nov. de 2025
A reforma tributária sempre foi um tema espinhoso e, ao mesmo tempo, inevitável. O sistema brasileiro é reconhecido por sua complexidade e desigualdade: quem produz, paga muito; quem consome, paga ainda mais. A proposta de simplificar impostos, unificar tributos e criar um modelo mais justo é, sem dúvida, necessária. Mas, como toda mudança estrutural, carrega desafios e resistências.
O principal dilema é o equilíbrio entre simplificação e arrecadação. Estados temem perder autonomia, setores temem aumento de carga, e o cidadão comum teme que, no fim, a conta acabe recaindo sobre ele. A discussão, que deveria ser técnica e baseada em eficiência, muitas vezes vira uma arena política, onde cada grupo tenta preservar seus privilégios. E assim, o que era para ser uma revolução fiscal se arrasta em meio a desconfianças.
Apesar das divergências, há um consenso: o sistema atual é insustentável. Reformar não é mais opção, é necessidade. A economia moderna exige um modelo mais transparente, digital e menos burocrático. A pergunta que fica é se o país terá coragem de enfrentar os interesses que há décadas travam qualquer tentativa de modernização. Porque, no Brasil, mudar o sistema tributário é quase tão difícil quanto pagar todos os impostos em dia.
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